“Eu e o mundo somos um”
a visão pentecostal sobre Deus, o humano e o mundo
Palavras-chave:
Pentecostalismo, Deus, Espírito, antropologia, panenteísmo.Resumo
O pentecostalismo se tornou um fenômeno global e reinventou a religião cristã em termos de liturgia e experiência espiritual, além de se projetar como vanguarda da erudição cristã. Originalmente o pentecostalismo abraçava a crença em um Deus triúno, mas a centralidade do Espírito abriu espaço para a visão da unicidade na qual Cristo e o Espírito são manifestações do mesmo Deus. Teólogos pentecostais defendem uma teologia pneumatológica com proximidade ao panenteísmo e monismo e conectada à cosmovisão africana. Nessa visão, através do Espírito, Deus permeia a criação e os seres humanos, e pela fé o crente se insere nessa presença divina com repercussões tangíveis e corporais, o que se desdobra numa antropologia pós-dualista. Este artigo faz uma breve análise do conceito pentecostal acerca de Deus e do humano em relação com o mundo. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que analisa os dados a partir de uma perspectiva teológica e antropológica.
Downloads
Referências
ADEDIBU, B. A.; IGBOIN, B. O. Eschato-praxis and accountability: a study of Neo-African Pentecostal movement in the light of prosperity gospel. In: Verbum et Ecclesia. v. 40, n. 1, 2019. p. 01-08.
ALTHOUSE, P. Eschatology in the theology of Paul Tillich and the Toronto blessing. In: WARIBOKO, N.; YONG, A. (eds.). Paul Tillich and Pentecostal theology: spiritual presence and spiritual power. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2015.
ANDERSON, A. Moya: The Holy Spirit in an African context. Pretoria: University of South Africa Press, 1994.
BOFF, L. A igreja ainda me ouve. In: Revista Época. 27 de novembro de 2000. p. 48-50.
BUBER, M. I and thou. New York: Charles Scribner’s Sons, 1970.
FROST, M. J.. The spirit, indigenous peoples and social change: Māori and a Pentecostal theology of social engagement. Boston: Brill, 2018.
GABRIEL, A. K. This Spirit is God: a Pentecostal perspective on the doctrine of the divine attributes. In: STUDEBAKER, S. M. (ed.). Defining issues in Pentecostalism: classical and emergent. Eugene, OR: Pickwick Publications, 2008.
KÄRKKÄINEN, V. M. The doctrine of God: a global introduction. Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2017.
KÄRKKÄINEN, V. M. Toward a pneumatological theology: Pentecostal and ecumenical pers-pectives on ecclesiology, soteriology, and theology of mission. Lanham, MD: University Press of America, 2002.
KÄRKKÄINEN, V. M. Trinity and revelation: a constructive Christian theology for a pluralistic world. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2014.
KING, J. H. The finished work of Calvary. In: JACOBSEN, D. (ed.). Reader in Pentecostal theo-logy: voices from the first generation. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2006.
KUZMIC, R. To the ground of being and beyond toward a Pentecostal engagement with ontology. In: WARIBOKO, N.; YONG, A. (eds.). Paul Tillich and Pentecostal theology: spiritual presence and spiritual power. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2015.
LIBÂNIO, J. B. O sagrado na pós-modernidade. In: CALIMAN, C. (org.). A sedução do sagra-do: o fenômeno religioso na virada do milênio. Petrópolis: Vozes, 1998.
MACCHIA, F. D. Baptized in the Spirit: towards a global Pentecostal theology. In: STUDE-BAKER, S. M. (ed.). Defining issues in Pentecostalism: classical and emergent. Eugene, OR: Pickwick Publications, 2008.
MACCHIA, F. D. Pentecostal theology. In: BURGESS, S. M.; MCGEE, G. B. (eds.). The new international dictionary of Pentecostal and Charismatic movements. Grand Rapids, MI: Zondervan, 2003.
MACCHIA, F. D. Spiritual presence. In: WARIBOKO, N.; YONG, A. (eds.). Paul Tillich and Pen-tecostal theology: spiritual presence and spiritual power. Bloomington, IN: Indiana Univer-sity Press, 2015.
MCDONNELL, K. The other hand of God: the Holy Spirit as the universal touch and goal. Collegeville, MN: Liturgical Press, 2003.
MCGEE, G. B. Pridgeon, Charles Hamilton. In: BURGESS, S. M. (ed.). The new international dictionary of Pentecostal and Charismatic movements. Grand Rapids, MI: Zondervan, 2003.
NEL, M. The African background of Pentecostal theology: a critical perspective. In: In Die Skriflig; In Luce Verbi, v. 53, n. 4, out. 2019. p. 01-08.
NGONG, D. T. The Holy Spirit and salvation in African Christian theology. New York: Peter Lang, 2020.
NORDLANDER, A. Pneumatological participation. In: WARIBOKO, N.; YONG, A. (eds.). Paul Tillich and Pentecostal theology: spiritual presence and spiritual power. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2015.
O’CONNOR, E. D. The Pentecostal movement in the Catholic Church. Notre Dame, IN: Ave Maria, 1972.
PEDDE, V. O poder do pentecostalismo: a experiência do Espírito Santo. In: Estudos Teológicos, v. 37, n. 03, 1997. p. 243-260.
PINNOCK, C. H. Epilogue. In: STUDEBAKER, S. M. (ed.). Defining issues in Pentecostalism: classical and emergent. Eugene, OR: Pickwick Publications, 2008.
RANAGHAN, K. & D. Católicos pentecostais. Pindamonhangaba: Boyer, 1972.
REED, D. A. Oneness Pentecostalism. In: BURGESS, S. M.; MCGEE, G. B. (eds.). The new international dictionary of Pentecostal and Charismatic movements. Grand Rapids, MI: Zondervan, 2003.
STEPHENSON, C. A. Reality, knowledge, and life in community: metaphysics, epistemology, and hermeneutics in the work of Amos Yong. In: VONDEY, W.; MITTELSTADT, M. (ed.). The theology of Amos Yong and the new face of Pentecostal scholarship: passion for the Spirit. Boston, MA: Brill, 2013.
STEPHENSON, L. Tillich’s sacramental spirituality in a new key. In: WARIBOKO, N.; YONG, A. (eds.). Paul Tillich and Pentecostal theology: spiritual presence and spiritual power. Bloo-mington, IN: Indiana University Press, 2015.
STUDEBAKER, S. M. Beyond tongues: a Pentecostal theology of grace. In: STUDEBAKER, S. M. (ed.). Defining issues in Pentecostalism: classical and emergent. Eugene, OR: Pickwick Publications, 2008.
STUDEBAKER, S. M. God as being and Trinity Pentecostal-Tillichian interrogations. In: WARI-BOKO, N.; YONG, A. (eds.). Paul Tillich and Pentecostal theology: spiritual presence and spiritual power. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2015.
SULLIVAN, F. A. Catholic Charismatic renewal. In: BURGESS, S. M.; MCGEE, G. B. (eds.). Dictionary of Pentecostal and Charismatic movements. Grand Rapids, MI: Zondervan, 1988.
TAYLOR, G. F. Beelzebub. In: JACOBSEN, D. (ed.). Reader in Pentecostal theology: voices from the first generation. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2006.
TERRIN, A. N. Nova era: a religiosidade do pós-moderno. São Paulo: Loyola, 1996.
TILLICH, P. Systematic theology. Vol. 3. Chicago: Chicago University Press, 1976.
VONDEY, W. “Spirit and nature.” In: WARIBOKO, N.; YONG, A. (eds.). Paul Tillich and Pente-costal theology: spiritual presence and spiritual power. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2015.
VONDEY, W. Pentecostal theology: living the full gospel. New York: Bloomsbury T & T Clark, 2017.
VONDEY, W. Pentecostalism: a guide for the perplexed. New York: Bloomsbury, 2013.
VONDEY, W.; MITTELSTADT, M. The theology of Amos Yong and the new face of Pentecostal scholarship. Boston: Brill, 2013.
WARRINGTON, K. Pentecostal theology: a theology of encounter. New York: T & T Clark, 2008.
YONG, A. “The inviting spirit: Pentecostal beliefs and practices regarding the religions to-day.” In: STUDEBAKER, S. M. (ed.). Defining issues in Pentecostalism: classical and emergent. Eugene, OR: Pickwick Publications, 2008.
YONG, A. Pneumatology and the Christian-Buddhist dialogue: Does the spirit blow through the middle way? Boston, MA: Leiden, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).