Liberdade religiosa na pandemia
a intervenção jurisdicional na restrição do direito à liberdade de culto
Palabras clave:
Liberdade religiosa; Pandemia; Núcleo essencial.Resumen
devido às medidas de distanciamento e isolamento social necessárias diante da pandemia de Covid-19, as autoridades foram forçadas a restringir a circulação em nome da proteção da saúde dos cidadãos, tornando impossível se reunir em grandes grupos, incluindo celebrações religiosas. Diante desse conflito entre princípios, o artigo tem por objetivo discutir os limites da restrição do direito à liberdade religiosa em relação às necessidades de proteger a saúde pública durante a pandemia, e o papel do Supremo Tribunal Federal nessas circunstâncias, além de lançar luz à manifestação religiosa enquanto fenômeno gregário, que, por definição, é praticado por uma coletividade de pessoas. Para tal, utilizou-se de metodologia de análise de decisões judiciais, para verificar a atuação do Poder Judiciário, e de revisão bibliográfica, para estudar a característica comunitária do fenômeno religioso e para revelar o conteúdo essencial da liberdade religiosa e seus limites.
Descargas
Citas
ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Malheiros Editores, 2014.
ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Edições Loyola, 2012.
BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. Anuario iberoamericano de justicia constitucional, n. 13, p. 17-32, 2009.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.html. Acesso em: 07 mai. 2022.
BRASIL. Decreto Federal nº 10.292, de 20 de março de 2020. Regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais. Brasília, DF: Presidência da República, 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10282.htm. Acesso em: 11 mai. 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 701/MG – Minas Gerais. Relator: Ministro Kassio Nunes Marques. 03 de abril de 2021. Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ADPF701liminar.pdf. Acesso em 12 mai. 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 811/SP – São Paulo. Relator: Ministro Gilmar Mendes. 08 de abril de 2021. Disponível em: file:///C:/Users/analu/Downloads/downloadPeca.pdf. Acesso em 12 mai. 2022.
BREGA FILHO, Vladimir; ALVES, Fernando de Brito. Da liberdade religiosa como direito fundamental: limites, proteção e efetividade. Argumenta Journal Law, v. 11, n. 11, p. 75-94, 2009.
CARDOSO, Diego Brito. Colisão de direitos fundamentais, ponderação e proporcionalidade na visão de Robert Alexy. Revista Constituição e Garantia de Direitos, Natal, v. 9, n. 1, p. 137-155, 2016.
COSTA, Waldney de Souza Rodrigues; DA SILVEIRA, Emerson José Sena; DA SILVEIRA, Diego Omar. Estudos da religião em tempos de COVID-19: entrevista com Rodrigo Toniol. PLURA, Revista de Estudos de Religião, v. 12, n. 1, p. 15-29, 2021.
DOMINGOS, Marília de Franceschi Neto. Laicidade: o direito à liberdade. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 8, n. 19, p. 53-70, out./dez. 2010.
FREITAS, Roberto; LIMA, Thalita Moraes. Metodologia de análise de decisões. Universitas Jus, Brasília, v. 2, n. 21, p. 1-17, jul./dez. 2010.
IBÁÑEZ, Alejandro Gónzalez-Varas; MORAIS, Márcio Eduardo Senra Nogueira Pedrosa. A liberdade de culto em tempos de pandemia: a necessária limitação da liberdade religiosa em prol da saúde humana. Revista Jurídica, v. 5, n. 62, p. 678-708, 2021.
KLAFKE, Guilherme Forma. Os Acórdãos do STF como documentos de pesquisa e suas características distintivas. FGV Direito SP Research Paper Series, n. 132, p. 1-39, 2015.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. São Paulo: Editora 34, 1994.
LEITE, Flavia Piva Almeida; DETTMER, Silvia Araújo. Considerações Axiológicas do Direito à Liberdade e Simbologias Religiosas na Esfera Pública. Revista Brasileira de Direitos e Garantias Fundamentais, v. 2, n. 1, p. 143-165, 2016.
ROSA, Lorena Franciele Corrêa; SCHETTINI, Fernando Gomes. Os limites da liberdade religiosa e da ideia de estado laico no Brasil. Revista Jurídica da FAMINAS, v. 10, n. 1-2, p. 69-85, 2016.
SARLET, Ingo Wolfgang; WEINGARTNER NETO, Jayme. Liberdade Religiosa no Brasil com destaque para o Marco Jurídico-Constitucional e a Jurisprudência do STF. Revista de Estudos e Pesquisas Avançadas do Terceiro Setor (REPATS), Brasília, V. 3, no 2, p. 59-104, Jul-Dez, 2016.
SILVA, Virgílio Afonso da. Direitos Fundamentais: conteúdo essencial, restrições e eficácia. São Paulo: Malheiros, 2017.
SILVA, Virgílio Afonso da. O proporcional e o razoável. Revista dos tribunais, v. 798, n. 2002, p. 23-50, 2002.
SILVA, Denise dos Santos Vasconcelos; BEZERRA JÚNIOR, José Albenes. Liberdade de crença e restrições ao exercício dos cultos religiosos em tempos de Covid-19. Revista Jurídica Luso-Brasileira, Ano 6, nº 6, p. 349-372, 2020.
TERRIN, Aldo Natale. Antropologia e horizontes do sagrado: culturas e religiões. São Paulo: Paulus, 2004.
TOLEDO, Cláudia. Ativismo Judicial vs. Controle Judicial: um estudo a partir da análise argumentativa da fundamentação das decisões do Poder Judiciário brasileiro e do Tribunal Constitucional da Argentina, México e Alemanha. In: TOLEDO, Atual Judiciário – Ativismo ou Atitude. Belo Horizonte: Fórum, 2022, p. 385-422.
WEINGARTNER NETO, Jayme. Direito e Covid-19, a crise sanitária e social vista pelo Direito: restrições à liberdade religiosa em face das necessidades de saúde pública. In: RIBEIRO, Diógenes V. Hassan; ACHUTTI, Daniel Silva (orgs.). A crise sanitária vista pelo direito: observações desde o PPG/Unilasalle sobre a COVID-19. Canoas: Editora Unilasalle, 2020. p. 44-51.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).