Religião vivida e pessoas de terreiro no Brasil
considerações metodológicas e epistemológicas
Palabras clave:
Religião vivida, pessoas de terreiro, ciência da religiãoResumen
O tema desta pesquisa é a abordagem metodológica da religião vivida e pessoas das religiões brasileiras de matrizes africanas. A hipótese é que os estudos de religião vivida até o momento se interessaram massivamente pelas práticas religiosas do cotidiano de pessoas cristãs afiliadas e não afiliadas, bem como negligenciaram as práticas religiosas do cotidiano de pessoas comuns afiliadas às religiões de matrizes africanas. A tese é que, em países colonizados como o Brasil, estudar religião vivida das pessoas de terreiro de Candomblé, Umbanda e Quimbanda requer uma reflexão crítica sobre a opção por métodos empíricos que priorizem pesquisas colaborativas com os sujeitos de estudo e por epistemologias críticas, como a epistemologia decolonial. Desse modo, o objetivo será demonstrar que estudar religião vivida das pessoas de terreiro implica adotar métodos empíricos e epistemologia crítica. Por isso, a metodologia desta proposta consistirá em abordar criticamente algumas características do processo de consolidação da categoria de religião vivida, em seguida, apresentar alguns princípios e pressupostos metodológicos dessa abordagem teórico-metodológica que se aproximam da epistemologia decolonial.
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