Meu nome é Khan

perspectivas críticas sobre identidade, capitalismo e religiosidade a partir de um filme

Autores/as

Palabras clave:

Capitalismo; Terrorismo; Imperialismo; Fundamentalismo

Resumen

como um sistema econômico arbitrário, o capitalismo precipita conflitos, fabrica inimigos, impõe linguagens, estéticas, políticas, relações interpessoais, comportamentos culturais e sociais que em várias circunstâncias são igualmente perversos e implacavelmente intransigentes, reativos, repressores e reducionistas. Meu nome é Khan, filme lançado em 2010 sob a direção de Karan Johar, serve como um painel para ilustrar e, por meio da verossimilhança, expor como estes processos de cerceamento da imaginação sociológica, das perspectivas e das relações socioculturais podem ocorrer no interior dos impérios políticos e econômicos. Ao narrar a história ficcional de Rizwan Khan, um homem muçulmano que sofre da Síndrome de Asperger e tenta a sorte na cidade de São Francisco, o enredo demonstra o recrudescimento de preconceitos contra árabes, o acirramento da intolerância religiosa contra o Islã e a exacerbação do nacionalismo norte-americano que ocorreram depois dos atentados contra o World Trade Center, ocorridos em 11 de setembro de 2001. É sobre estas questões, sobre as relações diretas entre o imperialismo e concepções de mundo intolerantes que este ensaio reflete, para criticar o sistema financeiro que, dentre outros males, dá causa a tipos sumários de violência. 

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Biografía del autor/a

Paulo Sérgio Raposo da Silva, Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM-UFRN)

Graduado em Ciências da Religião pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde integra o Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM). E-mail: pauloraposo10@gmail.com

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Publicado

2023-11-14

Cómo citar

Silva, P. S. R. da . (2023). Meu nome é Khan: perspectivas críticas sobre identidade, capitalismo e religiosidade a partir de um filme. PLURA, Revista De Estudos De Religião PLURA, Journal for the Study of Religion, 14(2), 195–215. Recuperado a partir de https://revistaplura.emnuvens.com.br/plura/article/view/2252