Meu nome é Khan
perspectivas críticas sobre identidade, capitalismo e religiosidade a partir de um filme
Palabras clave:
Capitalismo; Terrorismo; Imperialismo; FundamentalismoResumen
como um sistema econômico arbitrário, o capitalismo precipita conflitos, fabrica inimigos, impõe linguagens, estéticas, políticas, relações interpessoais, comportamentos culturais e sociais que em várias circunstâncias são igualmente perversos e implacavelmente intransigentes, reativos, repressores e reducionistas. Meu nome é Khan, filme lançado em 2010 sob a direção de Karan Johar, serve como um painel para ilustrar e, por meio da verossimilhança, expor como estes processos de cerceamento da imaginação sociológica, das perspectivas e das relações socioculturais podem ocorrer no interior dos impérios políticos e econômicos. Ao narrar a história ficcional de Rizwan Khan, um homem muçulmano que sofre da Síndrome de Asperger e tenta a sorte na cidade de São Francisco, o enredo demonstra o recrudescimento de preconceitos contra árabes, o acirramento da intolerância religiosa contra o Islã e a exacerbação do nacionalismo norte-americano que ocorreram depois dos atentados contra o World Trade Center, ocorridos em 11 de setembro de 2001. É sobre estas questões, sobre as relações diretas entre o imperialismo e concepções de mundo intolerantes que este ensaio reflete, para criticar o sistema financeiro que, dentre outros males, dá causa a tipos sumários de violência.
Descargas
Citas
BERGER, Peter; ZIJDERVELD, Anton. Em favor da dúvida: como ter convicções sem se tor-nar um fanático. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
CHARAUDEAU, Patrick. A conquista da opinião pública: como o discurso manipula as esco-lhas políticas. São Paulo: Contexto, 2016.
CHOMSKY, Noam. A nova guerra contra o terror. In: Revista Estudos Avançados. São Pau-lo: USP, v. 16, n. 44, abr. de 2002. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0103-40142002000 100002. Acesso em 27 de junho de 2023.
EAGLETON, Terry. O debate sobre Deus: razão, fé e revolução. Rio de Janeiro: Nova Fron-teira, 2011.
DELEUZE, Gilles. Cinema 2: a imagem-tempo. São Paulo: Editora 34, 2018.
GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade. 4° ed. São Paulo: LTC, 2019.
HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. 3° ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
KUJAWSKI, Gilberto. A identidade nacional e outros ensaios: somos muitos, somos um? Ribeirão Preto: FUNPEC editora, 2005.
KÜNG, Hans. Religiões do mundo: em busca dos pontos comuns. Campinas: Verus, 2004.
LAHRECH, Oumama Aoud. De um humanismo a outro: Pontes e Fronteiras. In: ARNO JÚ-NIOR, Dal Ri; ORO, Ari Pedro (org.). Islamismo e Humanismo Latino. São Paulo: Editora Vozes, 2004.
PACE, Enzo. A sociologia do Islã: fenômenos religiosos e lógicas sociais. Petrópolis: Vozes, 2005.
PANASIEWICZ, Roberlei. Diálogo Inter-Religioso. In: Dicionário do Pluralismo Religioso. RIBEIRO, Cláudio de Oliveira; ARAGÃO, Gilbraz; PANASIEWICZ, Roberlei (org.). São Paulo: Editora Recriar, 2020.
ŽIŽEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do real: cinco ensaios sobre o 11 de setembro e datas relacionadas. São Paulo: Boitempo, 2003.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).