Onilé – a totalidade-mundo

andanças e fluxos afro-brasileiros

Autores

  • Lorena Penna Silva Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Eduardo David de Oliveira Universidade Federal da Bahia - UFBA

Palavras-chave:

Onilé, Território, Candomblé, Religiões de Matriz afro-brasileira

Resumo

Onilé, entidade do antigo Daomé, teve seu culto recriado no Brasil por meio das religiões de matriz afro Brasileira, assemelhando-se, por vezes, à constituição do chão/fundação de terreiro de candomblé com o intuito de expandir a força realizadora (asé|), a partir da recriação de territórios míticos que recompõem o microcosmo africano com seus modos de vida e produção de conhecimentos ancestrais ressignificados no presente. O texto traz percepções sobre Onilé na África e na diáspora e suas relações com outras existências nos lugares e convivências com as diferenças entrelaçadas ao pensamento de Totalidade-Mundo e Relação Poética de Eduardo Glissant; os fluxos da filosofia afro-brasileira e a descrição de experiências observadas nos terreiros de candomblé Ilè Logun Edé Ala Key Koysan, no bairro da Boca do Rio – Salvador-BA.

DOi.png 10.29327/256659.15.1-1

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lorena Penna Silva, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Difusão de Conhecimento, da Universidade Federal da Bahia (PPGDC/UFBA). Servidora técnica do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CECULT/UFRB), membro do grupo de pesquisa ECSAS/GRAÌ e Rede Africanidades, Egbon e Ajimuda do Ilè Logun Edé Ala Key Koysan – Salvador -BA. E-mail: lorenapennaufrb@gmail.com.

Eduardo David de Oliveira, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará. Professor Adjunto da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.  Pesquisador do Grupo de Pesquisa RedPect-UFBA. Coordenador do Grupo de Pesquisa Rede Africanidades e do Grupo Griô: Cultura Popular e Diáspora Africana. Sócio fundador do IPAD-Instituto de pesquisa da afrodescendência e sócio fundador do IFIL - Instituto de Filosofia da Libertação, membro da coordenação ampliada do IFA - Instituto de Filosofia Africana e Afro diaspórica, Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Difusão do Conhecimento (PPGDC/UFBA) / doutorado. E-mail: afroduda@gmail.com.

 

Referências

ABIMBOLA, Wande. A concepção iorubá da personalidade humana. Paris: Centre Na-tional de la Recherche Scientifique, 1981. Tradução disponível em: https://filosofia africa-na.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/wande_abimbola__a_concep%C3%A7%C3%A3o_iorub%C3%A1_da_personalidade_humana.pdf. Acesso em: 01jun.2023.

DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. vol. 1. Tra-dução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa,. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. Disponí-vel em: https://pt.scribd.com/doc/209815109/DELEUZE-G-GUATTARI-F-Mil-Platos-Capitalismo-e-Esquizofrenia-vol-1-pdf. Acesso em: 05jun.2023.

GLISSANT; É. Poética da Relação. Tradução: Marcela Vieira e Eduardo Jorge de Oliveira. 1º Ed. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

GLISSANT, Édouard. Le discours antillais. Paris: Seuils, 1981.

GLISSANT, Édouard. Introdução a uma Poética da Diversidade. Juiz de Fora: UFJF, 2005.

GLISSANT, Édouard. Tratado del todo-mundo. Barcelona: Ediciones del Cobre, 2006.

HEYWOOD, Linda M.(org.). Diáspora negra no Brasil. Tradução: Ingrind de Castro

Vompean Fregonez, Thaís Crsitina Casson, Vera Lúcia Benedito. São Paulo: Contexto, 2008.

LEPINE, Claude. Os dois Reis do Danxome: varíola e monarquia na África Ocidental. São Paulo: UNESP, 2000.

MOURA, Clóvis. Rebeliões da Senzala: quilombos, insurreições, guerrilhas. 5ª ed. São Paulo: Anita Garibald / Fundação Maurício Grabois, 2014.

MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.

OLIVEIRA, Eduardo. Cosmovisão Africana no Brasil: elementos para uma filosofia afro-descendente. Rio de Janeiro: Apé ku, 2021, p.294.

OLIVEIRA, Eduardo. Filosofia da Ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. Rio de Janeiro: Apé ku, 2021, p.294.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. A Invenção das Mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. 1. ed. Rio de janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

PRANDI, Reginaldo. Os orixás e a natureza. Estudos Afro-Brasileiros, v. 3, n. 2, p. 285-307, 9 ago. 2022.

RABELO, Miriam; ARAGÃO, Ricardo P. Caboclos e Orixás no terreiro: modos de conexão e possibilidades de simbiose. Religião & Sociedade, Volume: 38, Número: 1, Publicado: 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0100-85872018v38n1cap04. Acesso em: 29 abril.24.

RIBEIRO JUNIOR, A. Parafernália das mães-ancestrais: as máscaras gueledé, os edan ogboni e a construção do imaginário sobre as "sociedades secretas" africanas no Recôncavo Baiano. 2008. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Dispo-nível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-22092008-150603/. Aces-so em: 04 out. 2023.

SANTOS, Irinéia M. Franco dos. Yá Mi Oxorongá: As Mães Ancestrais e o Poder Feminino na Religião Africana. Sankofa. Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana. Nr. 2 dez./2008. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/sankofa/article/view/88730/91627. Acesso em: 15 dez.2021.

SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nàgô e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

SANTOS, Milton. Pensando o Espaço do Homem. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2021.

SANTOS, Luiz Carlos Ferreira. O poder de matar e a recusa em morrer: Filopoética afrodiaspórica como Arquipélago de libertação. Tese (PPGDC) - Universidade Federal da Bahia. Salvador, p.1-237, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/30575. Acesso em: 15 abr.2024

SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade. Petrópolis: Vozes, 2002.

TSCHIPTSCHIN, André Paulo. Metalografia e Tratamentos Térmicos dos Metais, USP, 2020. Disponível em: http://pmt.usp.br/pmt3402/. Acesso em: 15 set.2023.

VOGEL, A. et al. Galinha d’Angola: Iniciação e identidade na cultura afro-brasileira, 2 ed. Rio de Janeiro: Pallas, 1998.

Downloads

Publicado

08-07-2024

Como Citar

Penna Silva, L., & Oliveira, E. D. de. (2024). Onilé – a totalidade-mundo: andanças e fluxos afro-brasileiros. PLURA, Revista De Estudos De Religião PLURA, Journal for the Study of Religion, 15(1), 41–63. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/plura/article/view/2269

Edição

v. 15 n. 1 (2024): Religião e migração

Seção

Seção temática

Licença


Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.

  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).