Colonialidade de poder e religião
repercussões no tempo presente
Palabras clave:
Colonialismo, História do tempo Presente, Colonialidade, ReligiãoResumen
A expansão colonial europeia na América, iniciada no século XV pelas potências ibéricas, também promoveu a colonização dos saberes, das linguagens, das memórias e do imaginário. Mesmo depois de conquistada a independência política, as antigas colônias não foram capazes de romper com as antigas estruturas herdadas do período colonial, cuja matriz ideológica, a “colonialidade”, ainda produz reflexos no tempo presente, provocando desigualdade, exploração, discriminação e preconceito religioso. Buscando um diálogo entre o conceito de “colonialidade de poder” elaborado por Aníbal Quijano e a história do tempo presente, este artigo tem como objetivo identificar a persistência de um sistema classificatório que reduz a produção cultural e religiosa dos povos indígenas e africanos escravizados à uma categoria de subalternização e exclusão. Para atingir este propósito serão analisados códigos legais, textos publicados em jornais e discursos políticos.
Descargas
Citas
A CRUZ, Rio de Janeiro, 04 jul., 1954, p.6. Disponível em http://memoria.bn.br/ DocReader/829706/9627. Acesso em 02/05/2022.
A RAZÃO, Rio de Janeiro, 05 mai., 1918, p. 4. Disponível em http://memoria.bn.br /docreader/129054/4252. Acesso em 28/04/2022.
A REPÚBLICA, Curitiba, 19 jun., 1906, p.1. Disponível em http://memoria.bn.br /DocReader/215554/18239. Acesso em 28/04/2022.
BUENO, André. Orientalismo conectado. Rio de Janeiro: Edições Especiais Sobre Ontens, 2019.
CARBALLO, Francisco; MIGNOLO, Walter. Una concepción descolonial del mundo: Conversaciones de Francisco Carballo con Walter Mignolo. Buenos Aires: Ediciones del Signo, 2014. p. 47.
CASCUDO, Luis Câmara. Meleagro: pesquisa do catimbó e notas da magia branca no Brasil. Rio de Janeiro: Agir, 1978.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.
CESAR, Dominguez; SAUSSY, Haun; VILLANUEVA, Darío. Introducing comparative literature: new trends and applications. London, New York: Routedge, 2015.
DA SILVA, Maria Beatriz Nizza (org.). Brasil: colonização e escravidão. Rio de Ja-neiro: Nova Fronteira, 2000.
DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, Brasília, DF, 16 abr., 1998, p. 09957. Disponível em http://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16ABR1998.pdf# page=33. Acesso em 03/05/2022.
DIÁRIO DA NOITE, Rio de Janeiro, 04 abr., 1930, p. 2. Disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/221961_01/1949. Acesso em 30/04/22.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO, Recife, 10 out., 1909, p.1. Disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/029033_08/11410. Acesso em 27/04/2022.
DOMENGUES, Angela. Monarcas, ministros e cientistas. Mecanismos de poder, governação e informação no Brasil colonial. Braga: FCT, 2012.
DUSSEL, Enrique. 1492: o encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993.
FAZIO VENGOA, Hugo. La historia del tiempo presente: historiografía, proble-mas y método. Bogotá: Universidad de los Andes, Ediciones Uniandes, 2010.
FRESTON, Paul; GUMUCIO, Cristián Parker (edit.). Religión, política y cultura en América Latina. Santiago: Instituto de Estudios Avanzados Universidad de Santiago de Chile, 2012.
GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e coloniali-dade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, 2008. p. 115-147.
GUHA, Ranajit. Subaltern Studies I: writings on south Asian history and society. Delhi: Oxford University Press, 1982.
PODDAR, Prem. Subaltern Studies. HAWLEY, John C. (edit.). Encyclopedia of Postcolonial Studies. London: Greenwood Press, 2001.
JORNAL DO BRASIL, Rio de Janeiro. 19 jun., 1951. Disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/030015_07/11743>. Acesso em 25/04/2022.
JORNAL DO BRASIL, Rio de Janeiro, 26 jan., 1961, p. 2. Disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/030015_08/14684. Acesso em 25/04/2022.
JORNAL DO BRASIL, Rio de Janeiro, 22 jun., 1997, p. 8. Disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/030015_11/213443. Acesso em 03/04/2022.
LANDER, Edgardo (comp.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: CLACSO, 2000.
MCLEOD, John. Beginning postcolonialism. New York: Manchester University Press, 2010.
METRÓPOLIS. Camargo divulga nova logo da Palmares sem machado de Xangô; conheça. Segunda-feira, 13 de dezembro de 2021. Disponível em https://www.metropoles.com/brasil/camargo-divulga-nova-logo-da-palmares-sem-machado-de-xango-conheca. Acesso em 02/05/2022.
MIGNOLO, Walter. La idea de América Latina. Barcelona: Editorial Gedisa, 2007.
MIGNOLO, Walter. Decolonizing western epistemology/building decolonial episte-mologies. ISASI-DÍAZ, Ada Maria; MENDIETA, Eduardo (edit.). Decolonizing epistemologies: latina/o theology and philosophy. New York: Fordham university press, 2012.
MIGNOLO, Walter; ESCOBAR, Arturo (edit.). Globalization and the colonial option. London/New York: Routledge, 2013.
MIGNOLO, Walter. Decolonialidade como caminho para a cooperação. [Entrevista concedida a] Luciano Gallas. IHU Online. 04 nov. 2013, Edição 431. Disponí-vel em https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5253-walter-mignolo. Acesso em 09/ 04/2022.
O APÓSTOLO, Rio de janeiro, 20 mai., 1888, p. 2. Disponível em http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=343951&pagfis=11216. Acesso em 27/ 04/2022.
O PEQUENO, Recife, 14 nov., 1934, p. 1. Disponível em http://memoria. bn.br/ DocReader/800643/54956. Acesso em 28/04/2022.
O PURITANO, Rio de Janeiro, 04 mar., 1909, p.1. Disponível em http://memoria. bn.br/docreader/128414/2561. Acesso em 26/04/2022.
ORTIZ, Alexandre. Decolonialidad de la educacción: emergencia/urgencia de uma pedagogia decolonial. Santa Marta: Universidad del Magdalena, 2018.
PINSKY, Carla Bassanezi; PINSKY, Jaime (org.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2005.
QUIJANO, Anibal. Colonialidad y modernidad/racionalidad. Revista del Instituto Indigenista Peruano, vol. 13, n. 29, Lima, 1992. Disponível em https://www.lavaca.org/wp-content/uploads/2016/04/quijano.pdf. Acesso em 20/11/2020.
QUIJANO, ANIBAL. Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2014.
PY, Fábio. Padre Paulo Ricardo: trajetória política digital recente do agente ultracatólico do cristofascismo brasileiro. Tempo & Argumento. Florianópolis: UDESC, n. 34, v. 13, 2021.
REVISTA FÓRUM. Intolerância religiosa: veja reações criminosas de ódio ao enredo campeão sobre Exu. Terça-feira, 26 de abril de 2022. Disponível em https://revistaforum.com.br/brasil/2022/4/26/intolerncia-religiosa-veja-reaes-criminosas-de-odio-ao-enredo-campeo-sobre-exu-113539.html. Acesso em 02/05/2022.
ROUSSO, Henry. A última catástrofe: a história, o presente, o contemporâneo. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016.
SAID, Edward. Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
SAID, Edward. Culture and imperialism. New York: Vintage Books, 1993.
SANTOS, Boaventura de Souza. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
SKIDMORE, Thomas E. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Paz e Terra, 1976.
SOARES, Oscar de Macedo. Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil. Brasília: Senado Federal: Superior Tribunal de Justiça, 2004.
VAN DOMMELEN, Peter. Colonial matters: material Culture and Postcolonial The-ory in Colonial Situations. TILLEY, Chistopher (edit.). Handbook of Material Cultu-re. Londres: Sage Publications, 2006.
TRIBUNA DA IMPRENSA, Rio de Janeiro, 11 out., 1993, p. 2. Disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/154083_05/21280. Acesso em 13/05/2022.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).