Cartografia Ancestral
35 anos de história e resistência do Ylê Axé Òpó Omim
Palavras-chave:
Candomblé, Território, Ancestralidade, LutaResumo
Ylê Axé Òpó Omim é o terreiro de candomblé mais antigo em continuidade de Londrina, no interior do Paraná, criado há 35 anos na periferia da cidade. Neste artigo, busco um xirê decolonial, com a proposta metodológica de uma cartografia ancestral, a partir do envolvimento semanal durante quatro meses com o acervo fotográfico do terreiro. Nessa trajetória, conclui-se que memória, fabulação e fotografia são armas epistemológicas no reconhecimento desse território como um espaço de enfrentamentos sociais e políticos, de luta por igualdade racial e de gênero, melhores condições de saúde, educação e moradia para a comunidade externa periférica, pobre e preta em sua maioria. Mãe Omin esteve à frente de todas essas lutas, conduzindo enquanto figura política, social e hierárquica de Iyalorixá, com sabedoria ancestral e afetiva de mãe.
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