A cidade de Jerusalém nos períodos de Ezequias (715 a 689 a.C.) e Josias (640 a 609 a.C.)
um processo de significação religioso e político
Palavras-chave:
Jerusalém; Judá; Bíblia Hebraica; Teologia de Sião.Resumo
Ao lermos a Bíblia Hebraica, percebemos que a cidade de Jerusalém ocupa um lugar central em muitas narrativas. Isso se deve ao fato de esse centro urbano estar diretamente relacionado com a divindade Iahweh, seu Templo e seu culto, tornando Jerusalém uma cidade sagrada. No entanto, a historiografia recente tem demonstrado que, diferentemente do quadro apresentado pela Bíblia Hebraica, durante boa parte da antiguidade de Judá, Jerusalém teve uma importância reduzida no cenário religioso judaíta, adquirindo um status de centralidade religiosa e cúltica apenas posteriormente, entre os séculos VIII a.C. e VII a.C. Diante disso, podemos nos perguntar: quais são as origens históricas da concepção sacra de Jerusalém na antiguidade de Judá? Para responder a essa questão, analisaremos os reinados de Ezequias (715 a 689 a.C.) e Josias (640 a 609 a.C.), pois entendemos que foi durante esses períodos que Jerusalém foi consolidada como o principal e legítimo centro religioso e político de Judá na antiguidade.
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