A concepção de amor como arte e a sua relação com a fé / The conception of love as art and its relationship to faith: contributions of Erich Fromm’s thought
contribuições do pensamento de Erich Fromm
Resumo
O presente artigo visa abordar a concepção de amor de Erich Fromm na sua relação com a fé. Para Fromm, o amor deveria ser visto como uma atividade interna do sujeito, pautada pela ideia de amar o outro primordialmente. O ato de amar, segundo o autor em foco, deve ser considerado uma atividade produtiva, que se fundamenta em um aprimoramento das potencialidades psíquicas e emocionais do sujeito. Além disso, de acordo com Fromm, para amar verdadeiramente, é necessária a fé, que é concebida como um traço de caráter, sendo, assim, passível de desenvolvimento. Neste sentido, o psicanalista alemão reitera que o ato de amar deve ser compreendido como uma arte, que se fundamenta em um processo de contínuo aperfeiçoamento. No que tange à metodologia, este estudo pretende empreender uma leitura analítica das obras A arte de amar, Análise do homem e A revolução da esperança, todas de autoria de Erich Fromm, além de recorrer a trabalhos de comentadores do psicanalista humanista. Como objetivo principal, este artigo pretende elucidar as contribuições do pensamento frommiano no que diz respeito à relação entre a fé e o ato de amar. Pretendemos mostrar que, de acordo com Fromm, para o domínio da arte de amar, é necessário que o sujeito aprimore o seu caráter em favor de uma orientação produtiva, ou seja, é preciso que o indivíduo rompa com o narcisismo por intermédio da fé racional, desenvolva a humildade de reconhecer suas próprias limitações e potencialidades, e utilize a razão como um instrumento que o permita visualizar a pessoa amada como de fato ela é, e não como gostaria que ela fosse.
Palavras-chave: Amor; Arte; Fé; Erich Fromm.
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