Superstition, religion and the political / Superstição, religião e o político
Palavras-chave:
Spinoza, Religion, Superstition, Politics, Civil society, History, Justice / Espinosa, Religião, Superstição, Política, Sociedade civil, História, Justiça.Resumo
Resumo/apresentação
Cientista da religião reconhecido e respeitado em ambientes intelectuais da América do Norte e da Europa, Michel Despland é ainda pouco conhecido pela academia brasileira. Entre suas publicações estão, por exemplo: Kant on history and religion: with a translation of Kant's On the failure of all attempted philosophical theodicies (McGill-Queen's University Press, 1973); The education of desire, Plato and the philosophy of religion (University of Toronto Press, 1985); Les hierarchies sont ebranlees, politiques et theologies au XIXe siècle, (Fides, 1998); Comparatisme et Christianisme: questions d'histoire et de methode (L'Harmattan, 2002). No texto ora publicado, apresentado durante o XII Simpósio da Associação Brasileira de História das Religiões (2011, UFJF), o prof. Despland assume a premissa antropológica de que “a religião é algo que as pessoas fazem.” Baseando-se em Espinosa, Despland elege a categoria da “superstição” como um instrumento de análise mais adequado para a análise do religioso do que, por exemplo, a do “sagrado”. O objetivo mais imediato de Despland é primeiramente entender como o próprio Espinosa constrói os âmbitos político e religioso em sua inter-relação, em continuidade e ruptura com as tradições herdadas da teologia política do Ocidente/do cristianismo. A partir daí, ele passa a sondar historiograficamente as dimensões morais e sociais da religião diante do Estado, tanto em suas próprias instituições, quanto no cada vez mais conspícuo terceiro âmbito da sociedade civil. Esta discussão, enriquecida pelas contribuições de outros autores importantes, tais como J.-J. Rousseau, A. de Tocqueville, B. Constant e Lefort, deveria servir como teste para as escolhas teóricas do autor. De fato, Despland espera ter começado a mostrar, no final de seu texto, que uma consideração da religião como inevitavelmente arraigada na natureza humana, junto com a análise da particular configuração histórica dos âmbitos político e religioso na civilização ocidental-moderna, fornece-nos “um bom contexto para a confrontação com alguns dos problemas fundamentais relativos à justiça hoje remanescentes”. A religião, assim como ele a vê, há que ser finalmente entendida como ação humana psicológica e historicamente contingente. Não obstante, ela ocorre diante do pano de fundo irracional-racional de algumas categorias filosoficamente resilientes, a saber: superstição e moralidade.Downloads
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Publicado
15-12-2011
Como Citar
Despland, M. (2011). Superstition, religion and the political / Superstição, religião e o político. PLURA, Revista De Estudos De Religião PLURA, Journal for the Study of Religion, 2(2, Jul-Dez), 31–42. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/plura/article/view/322
Edição
Seção
Seção Temática: Filosofias da História e da Religião / Thematic Section: Philosophies of History and Religion
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