Catequese indígena e educação do escravo e liberto: antídotos à imigração em “O Apóstolo”
Resumo
A partir de 1883, a discussão em torno da Questão Servil aguça-se no Brasil. Até 1885, quando da aprovação da chamada Lei dos Sexagenários, a imprensa dedicou-se ao tema, a maioria das vezes em defesa da emancipação. O jornal O Apóstolo, o principal periódico católico brasileiro do século XIX também se envolveu no debate, também a favor da abolição. Os produtores do trissemanário ultramontano, entretanto, perceberam que a campanha envolvia um claro projeto excludente em que a imigração exercia um papel fundamental. O Apóstolo coloca-se contra e posiciona-se pela incorporação do liberto e do indígena ao mundo do trabalho. Para isso, defende a catequese do índio para que se tornem colonos e a educação e instrução do escravo e dos já libertos com o fim de capacitá-los para a produção.