“Tipo a assembleia”: percepções não assembleianas da matriz pentecostal brasileira
Resumo
A proposta desta comunicação é a de contribuir com o debate acerca da Matriz Pentecostal Brasileira apresentando a forma como a(s) Assembleia(s) de Deus é(são) percebida(s) por evangélicos que dela não fazem parte, porque nunca fizeram ou porque são seus egressos. A base da discussão é uma etnografia que realizei em Juiz de Fora (MG), problematizando as relações entre religião e lazer entre jovens evangélicos. Neste trabalho foi possível conviver durante 14 meses com alguns “ex-pentecostais” em meio a um contingente majoritariamente batista. Essa convivência se deu tanto em cultos quanto em outros encontros que envolviam práticas de lazer. No estudo, tomei uma igreja como referência inicial, mas, a partir dela, segui a sociabilidade dos jovens por diferentes espaços, tais como lanchonetes, restaurantes, eventos da igreja, shows gospel e eventos evangélicos em geral. Enquanto muitas propostas deste Grupo de Trabalho discutem o que as a(s) Assembleia(s) de Deus foram, são ou estão se tornando, nesta comunicação apresento como elas são imaginadas pelos jovens evangélicos com quem convivi. Alguns haviam deixado de ser assembleianos muito recentemente, outros haviam deixado alguma outra igreja pentecostal. E mesmo aqueles que eram batistas desde a infância, vocalizavam algumas impressões da espiritualidade assembleiana. Ao aprofundar como alguns temas são suscitados em meio a algumas práticas de lazer dos jovens com quem convivi será possível apresentar suas percepções das Assembleias de Deus e das igrejas pentecostais que são “tipo a Assembleia”. Tal discussão possivelmente corroborará com a tese de que tal denominação é a matriz pentecostal brasileira.Downloads
Publicado
2015-08-16
Como Citar
Costa, W. de S. R. (2015). “Tipo a assembleia”: percepções não assembleianas da matriz pentecostal brasileira. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 14. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/819
Edição
Seção
2015 GT 19: Pentecostalismo e pentecostalidades: o assembleísmo no Brasil