Na tessitura das relações entre Igreja e Estado: tramas políticas do vigário António Soares Barbosa na Capitania da Parahyba nos setecentos (1768-1785)

Autores

  • Muriel Oliveira Diniz Universidade Federal de Campina Grande

Resumo

O presente trabalho versa sobre a análise da interação entre Igreja e Estado no Brasil colonial, mais especificamente acerca da possibilidade de simbiose entre os poderes religioso e político na Capitania Real da Parahyba nos setecentos. Tendo por problemática central o estudo de caso das informações referentes ao vigário António Soares Barbosa e as suas relações conflituosas com o governador parahybano, Jerónimo José de Melo e Castro. Procura-se refletir a respeito de como na prática, efetivavam-se as imbricações entre os poderes religiosos e seculares, de como esses amálgamas podiam ocasionar conflitos políticos. Diante dessa temática, tem-se por objetivo o estudo dos confrontos políticos e jogos de poder entre o vigário e o governador, que ocasionaram desestabilidades no ordenamento em paragens brasílicas e desarmonizaram a relação destes dois agentes gestores da colonização, ao ponto de Jerónimo José ter acusado o religioso de ter tramado seu assassinato e de seu secretário José Pinto Coelho. Com base na crítica documental dos processos jurídico-administrativos do Arquivo Histórico Ultramarino - Lisboa, digitalizados pelo Projeto Resgate Barão do Rio Branco, tem-se o intuito de problematizar acerca da dita trama política (atentando para a fluidez das interações, os contextos sociais, os interesses pessoais como condicionantes da mesma) a partir da abordagem historiográfica da Micro-história e das contribuições teóricas da Nova História Política.

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Publicado

2011-07-08

Como Citar

Diniz, M. O. (2011). Na tessitura das relações entre Igreja e Estado: tramas políticas do vigário António Soares Barbosa na Capitania da Parahyba nos setecentos (1768-1785). Anais Dos Simpósios Da ABHR, 12(1). Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/299