Imaginário, arte e religião segundo Ítalo Calvino e Carl Gustav Jung: uma abordagem de "O castelo dos destinos cruzados" a partir da psicologia analítica.
Resumo
Este artigo pretende analisar o conceito de imaginação exposto por Ítalo Calvino na obra “Seis propostas para o próximo milênio”, seu papel fundamental desempenhado no processo de criação artística, nas experiências religiosa e estética e suas ressonâncias na constituição da especificidade das linguagens da religião e da arte. Em seguida, esta hipótese será comparada à compreensão da imaginação elaborada por Jung, evidenciando os principais pontos de convergência, em especial sua importância decisiva como processo psíquico subjacente tanto ao fenômeno religioso quanto artístico. Por fim, será realizada uma análise da “História do ingrato punido”, primeira narrativa da obra “O castelo dos destinos cruzados” segundo alguns conceitos da psicologia analítica.