Da Criminalidade À Religião: Práticas De Sentido No Interior Do Cárcere

Autores

  • Luiz Henrique Bergamaschi Universidade do Estado de Minas Gerais

Resumo

O presente trabalho busca apresentar uma compreensão sobre como a religião, a experiência de conversão e as práticas religiosas no interior do Presídio Regional de Barbacena dotam de sentido o mundo dos detentos, assim como dos ex-detentos que venham a alcançar a liberdade durante o processo de realização desta pesquisa. Para tanto, empreendo uma análise socioantropológica considerando a interface entre sociedade, massa carcerária, corpo institucional e frentes religiosas. Os agentes relacionados anteriormente merecem a atenção do presente estudo e estão sendo analisados à medida que se desenvolve o referido empreendimento científico. Assim, a pesquisa se realiza a partir do acompanhamento da assistência religiosa feita pelas igrejas neopentecostais ao presídio citado e em específico nesse trabalho frisarei a atuação da Igreja Internacional Ministério Shalom. A presente abordagem visa a contribuir para os estudos da criminologia no contexto das Ciências Sociais, entendendo-se que uma perspectiva mais holística sobre os processos e mundos possíveis implicados, direta e indiretamente, a esta realidade tende a mostrar que a religião se torna um componente para um processo histórico de transformação da experiência subjetiva e objetiva, quando colocada em diálogo com a sociedade mais ampla. Sob essa chave analítica, a religião torna-se uma ação política, mostrando-se como um espaço para a busca da liberdade, assim como para suas cidadanias perdidas no contexto prisional e para os valores ligados à plena realização dos sujeitos no mundo da vida.

Biografia do Autor

Luiz Henrique Bergamaschi, Universidade do Estado de Minas Gerais

Graduando em Ciencias Sociais pela Universidade do Estado de Minas Gerais.

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Publicado

2015-08-16

Como Citar

Bergamaschi, L. H. (2015). Da Criminalidade À Religião: Práticas De Sentido No Interior Do Cárcere. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 14. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/977