A MARCA CRISTÃ NAS RELAÇÕES DE PODER EM BIZÂNCIO E A CRISE ICONOCLASTA
Resumo
Em 726 deu-se no Império Bizantino o início de uma batalha contra os ícones, na qual rejeitavam-se os mesmos, ora proibindo o seu culto, ora os destruindo, também conhecida como a crise iconoclasta que perdurou entre os séculos VIII e IX, tendo fim somente em 843 com o restabelecimento definitivo do culto das imagens. Essa batalha inicialmente se deu como uma forma de purificar o cristianismo daqueles que veneravam as imagens, porém, a partir de um estudo mais profundo do fenômeno, é possível atribuir outras razões à eclosão da iconoclastia, como razões políticas, que vão, assim, além das motivações puramente religiosas. Dessa forma, o nosso objetivo neste trabalho é analisar as relações entre os principais poderes de Bizâncio e a influência dos mesmos na eclosão da crise iconoclasta, buscando elencar suas possíveis causas e suas consequências para essas relações.