Disciplinamento e romanização do catolicismo maranhense na primeira metade do século XIX

Autores

  • Joelma Santos da Silva UFMA

Resumo

A primeira metade do século XIX no Brasil é consagrada pela historiografia como um período de importantes transformações sócio-culturais, políticas e religiosas. Na esfera eclesiástica isto se refletiu em disputas intra-elite geradas por mudanças nos princípios de legitimação e hierarquização do grupo, pela imposição de novas qualidades distintivas e um novo modelo de profissionalização e de Igreja, promovendo uma reconfiguração das características do clero e da sua relação com o Estado Imperial e demais espaços de atuação política onde se fez presente desde o período colonial. No Maranhão, este processo gerou tensões entre o espaço religioso e político. Analiso de que maneira isso se refletiu nas práticas de disciplinamento operadas pelo bispado de Dom Marcos Antonio de Sousa (1827-1842) sobre a formação educacional do clero, seus atos e fiscalização do seu desempenho, objetivando sua redução ao modelo tridentino, sacralizado, culto e disseminador de uma pastoral afinada como o modelo da Sé de Roma, bem como sobre as práticas católicas do povo, e em que medida essas ações geraram tensões e conflitos de autoridade e poder com a esfera governamental.

Biografia do Autor

Joelma Santos da Silva, UFMA

Graduada em História e Mestre em Ciências Sociais. Professora de História do IFMA e da UEMA-Programa Darcy Ribeiro.

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Publicado

2012-11-19

Como Citar

Silva, J. S. da. (2012). Disciplinamento e romanização do catolicismo maranhense na primeira metade do século XIX. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/606

Edição

Seção

2012 GT 04: Religião, Religiosidade e Poder no Brasil Imperial – Coord. Ítalo Santirocchi