A beata Nhá Chica como patrimônio cultural de Baependi – MG: um estudo de caso.

Autores

  • Liliane Corrêa

Resumo

O processo de tombamento da casa e do acervo da beata Nhá Chica, com peças que são parte dos milagres atribuídos a ela, foi proposto pela prefeitura de Baependi ao Conselho Municipal do Patrimônio Cultural no ano de 2009. O objetivo era proteger o patrimônio da beata e mantê-lo no município sob a alegação de que ela poderia ser transferida para São João Del Rey, sua cidade natal. A congregação religiosa responsável pelo acervo foi contrária ao instituto afirmando que a prefeitura queria tomar os bens da Nhá Chica e que o tombamento atrapalharia o processo de beatificação. A reação dos baependienses foi colocar panos pretos nas janelas em luto pela iniciativa do tombamento e realizar uma procissão em homenagem à beata. Nossa análise tenta contrapor o desconhecimento por parte da população do instituto do tombamento e a tentativa de patrimonialização do acervo relativo à Nhá Chica, em Baependi, dentro da política pública do ICMS Cultural de Minas Gerais. Para isso, vamos observar o caso do tombamento dos bens relativos à Nhá Chica, relacionando a fé da comunidade baependiense na beata e a utilização do instituto do tombamento por parte dos gestores públicos e religiosos como influência de manipulação da política local.

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Publicado

2012-11-15

Como Citar

Corrêa, L. (2012). A beata Nhá Chica como patrimônio cultural de Baependi – MG: um estudo de caso. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/570

Edição

Seção

2012 GT 16: Religiões, Museus e Patrimônio Cultural – Coords. Emanuela Sousa Ribeiro, Luiz Carlos Luz Marques