Cemitérios oitocentistas, culto, fé e patrimônio: experiências intercambiantes

Autores

  • Marcelina Almeida

Resumo

Esta comunicação tem como objetivo analisar as características inerentes aos espaços fúnebres que se configuram nos cemitérios oitocentistas. Estes, pertencendo ao seu tempo, refletem a mentalidade e o imaginário no qual estão inseridos. As obras e imagens, neles cristalizadas revelam elementos fundamentais para a compreensão da sociedade e das relações que se estabelecem entre os homens. Nascidos na confluência de uma série de fatores que perpassam pela reordenação social, política e mental; a urbanização, a absorção e aplicação dos discursos médicos e higienistas; a consolidação da burguesia como classe dirigente, a supremacia do individualismo e a adoção de novas condutas em relação aos mortos e à morte; os espaços de enterramento, naquela ocasião, tornam-se lugares de especial significado para o entendimento dos sentimentos e do imaginário. Pretende-se apontar alguns aspectos que propiciam a reflexão sobre os significados incorporados pelas necrópoles oitocentistas. Para percorrer este caminho destacam-se: os epitáfios, os elementos decorativos que ornamentam os túmulos – fotografias, estatuária, adereços profanos e religiosos, dentre outros e a utilização destes lugares como marcos da memória dos grandes, a construção de mitos e imagens que distinguem os poderosos dos outros mortais, transformando-os em espaços de cultura e patrimônio. O foco principal pesquisa é o Cemitério do Nosso Senhor do Bonfim de Belo Horizonte, entretanto a análise se estende aos Cemitérios Agramonte e Prado do Repouso, situados na cidade do Porto em Portugal.
Palavras-chave: Cemitérios, oitocentos, culto, arte, arquitetura, cultura e patrimônio.

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Publicado

2012-11-15

Como Citar

Almeida, M. (2012). Cemitérios oitocentistas, culto, fé e patrimônio: experiências intercambiantes. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/564

Edição

Seção

2012 GT 14: Patrimônio Cultural e Experiências Religiosas – Coord. Áurea da Paz Pinheiro, Estélio Gomberg