A Renovação Carismática Catolca (RCC): Entre o tradicinalismo e o novo

Resumo

O artigo tem como finalidade compreender como os membros tradicionalistas da Igreja Católica (IC) lida com o Movimento Renovação Carismática Católica (RCC), visto que este movimento vem ganhado adeptos em larga escala em menos de cinquenta anos de existência. A pesquisa se torna relevante, pois nota-se lacunas nas pesquisas acadêmicas sobre o assunto, que é de fundamental interesse para se compreender as mudanças na religiosidade no séc XX. Assim busca-se compreender de que forma as entidades católicas, tais como o Vaticano em parametro internacional e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem lidado com esse crescimento e com a forma diversificada de religiosidade, mesmo estando na mesma hierarquia da Igreja. 
A RCC iniciou-se nos E.U.A em 1967 em um retiro espiritual de um grupo de universitarios, onde os mesmos afirmam ter tido a presença do Espírito Santo. O movimento rapidamente se espalhou pelos E.U.A e em menos de dois anos já se encontrava em vários países. No Brasil a RCC teve sua implantação na cidade de Campinas em São Paulo (1969) e na decada de 1970 grupos espirituais já se encontravam nas principais capitais do país. A RCC é vista com um fenomeno católico, onde é tido como o principal grupo a manter adeptos ao catolicismo, visto que desde o final do séc. XX a IC vem perdendo o campo religioso para várias Igrejas Protestantes.
Por fim, pretende-se acrescentar uma nova visão sobre formato religioso da Igreja Católica, afim de identificar de que forma as mudanças no cotidiano da população afeta a instituição e de que forma os membros tradicionalistas enxergam as mesmas.