A Morte na Cultura Mbyá-Guarani

Autores

  • Luis Alberto

Resumo

A presente comunicação é parte da pesquisa de doutorado, realizado na PUCSP no programa de ciências da religião, cujo tema é a Religiosidade Mbya-Guarani da reserva indígena da ilha da Cotinga em Paranaguá, Paraná, sob orientação do Dr. Edin Sued Abumanssur.
Este trabalho foca sua atenção na concepção de morte para os Mbyá-Guarani e sua influência no cotidiano deste povo. O procedimento metodológico utilizado é o da pesquisa bibliográfica nas áreas da literatura histórica e etnográfica, fundamentando-se em autores como Unkel Nimuendajú, Hélene Clastres, Antonio Ruiz de Montoya, Bartomeu Meliá, Manuela Carneiro da Cunha, Mario Polia Meconi, Eduardo Viveiros de Castro, Benedito Prezia, Miguel Vicente Foti, Liliane Brum, Eliane Fleck.
Para os Mbyá-Guarani a concepção antropológica de pessoa, é a de que cada ser é constituído de três almas, a alma boa, a animal e a alma sombra. A doença do corpo físico, que desencadeia o processo de morte, é o desencontro com a alma boa, que pode acontecer por causas naturais e sobrenaturais. Entre este povo não existe o medo da morte, por ser ela um veículo de retorno ao mundo de Nhanderu ete ( a Terra sem Mal), onde existe a perfeição. Este povo tem medo é da alma do falecido que pode causar transtornos à comunidade, como desavenças, intrigas e maus fluídos. Neste trabalho também é feito um paralelo entre a morte na cultura Mbyá-Guarani e a não indígena, isto é a cultura do mundo ocidental atual, objetivando constatar pontos de convergência e divergência para melhor entendimento da cultura deste povo.

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Publicado

2012-11-16

Como Citar

Alberto, L. (2012). A Morte na Cultura Mbyá-Guarani. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/498

Edição

Seção

2012 GT 28: Religiosidades indígenas e redefinições identitárias – Coords. Sandro de Salles, Kelly de Oliveira