Organização e reprodução de saberes em um terreiro de mina em São Luís(MA)

Autores

  • Elisangela Conceição

Resumo

O trabalho de pesquisa se propõe a estudar a religião Mina, de origem africana, praticada no Maranhão, buscando o entendimento dos seus saberes que estão em jogo e as práticas de reprodução de conhecimento. Pretende-se, ainda, recuperar a trajetória de vida do líder desse terreiro (babalorixá), bem como os fatores sociais que o alçaram a essa liderança perante os adeptos da religião, outros líderes religiosos e os membros da sua comunidade. 
Pretende-se ainda, estudar as diversidades de cultos praticadas no terreiro observado com suas origens e simbologias, procurando dessa forma entender como ocorre o “sincretismo” às avessas. Nessa pesquisa, observou-se a festa do Divino Espirito Santo, uma festa caracterizada, pelo próprio líder da casa, como uma festa originalmente católica, porém realizada no terreiro de mina Ilê Assé Ossum Navê, por este se considerar devoto da entidade. Nesse trabalho, será feita a investigação da origem dessa festa bem como seus elementos estruturais, procurando observar sua realização em outros terreiros visitados pelo Pai Junior, como caixeiro régio , acompanhando-o, procurando nessa observação interpretar a função e a dinâmica dos saberes da festa em diversos terreiros. Realizou ainda a observação de uma Cura, que recebe esse nome, segundo o discurso das entidades, devido à finalidade do ritual, a cura de doenças. Esse ritual é de origem indígena, mas especificamente da pajelança. E observou-se ainda um “toque”, assim denominado pelos adeptos, o ritual de tambor de mina. Um ritual em reverência a Iemanjá, de origem do tambor de mina. 

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Publicado

2012-11-15

Como Citar

Conceição, E. (2012). Organização e reprodução de saberes em um terreiro de mina em São Luís(MA). Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/474

Edição

Seção

2012 GT 17: Religiosidades, Simbolismo e territorialidades na Amazônia – Coords. Cynthia Martins, Paloma Sá Cornelio