A prática da pajelança na Baixada Maranhense a partir de relatos orais da cidade de Pinheiro-MA

Autores

  • Raimundo Souza Regina Beatriz

Resumo

Nas décadas de 60 e 70, algumas políticas de desenvolvimento fizeram-se presentes na cidade de Pinheiro, localidade central na microrregião da Baixada Maranhense. Os relatos de memória acerca do período não raro referem-se à migração de moradores dos povoados no entorno da municipalidade para o perímetro urbano ou circunvizinhanças, bem como para a interação mais efetiva com o catolicismo e com serviços públicos básicos como escolas e hospitais. A prática religiosa de tais moradores sofre com isso uma inflexão: os signos de uma religiosidade sincrética, que mesclava a liturgia e o devocionário católico a tradições consideradas heterodoxas, são abandonados ou modificados, mas ainda guardarão uma relação de afinidade e aproximação com o ambiente natal dos povoados, relação essa exercitada através da memória. A memória e o espaço são os instrumentos de atualização de um saber e de um vocabulário, cuja posse vincula e aproxima aqueles que os detêm e torna-os, para além de critérios político-administrativos, portadores de uma identidade em transformação.

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Publicado

2012-11-14

Como Citar

Regina Beatriz, R. S. (2012). A prática da pajelança na Baixada Maranhense a partir de relatos orais da cidade de Pinheiro-MA. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/448

Edição

Seção

2012 GT 06: Religiões Afro-Brasileiras e Espiritismos – Coords. Mundicarmo Ferretti, Sergio Ferretti, Raimundo Araújo