Literatura pseudônima e a comunicação indireta: o discurso religioso em Kierkegaard
Resumo
A presente comunicação procura analisar a relação entre literatura e religião na obra do filósofo dinamarquês Soren Aabye Kierkegaard, e como a mesma pode contribuir para uma análise do discurso religioso. De forma geral, a maneira como esse autor faz filosofia, permitiu-nos apontar e reconhecer que os elementos que determinam a prática religiosa, não se retingem em absoluto, a catalogação de certo credo institucional especifico, nem tão pouco deve se encontrada de imediato, entrelaçada e comprometida nos ditames conceituais de um sistema filosófico. Religião e religiosidade em Kierkegaard nos são apresentadas, através de uma literatura onde o lema ou slogan principal foi à comunicação indireta e a pseudônima. Trata-se de uma estratégia literária, onde o autor permite ao seu leitor, a possibilidade de “troca” e “inversão” do lugar, ou seja, a chamada reversibilidade. Nesse sentido, a guinada literária de Kierkegaard, pode ser sintetizada nos seguintes termos: sua obra contém elementos de filosofia da religião, cuja estrutura discursiva, nos é apresentada por meio de uma comunicação indireta, a qual dever ser analisada mediante critérios de interpretação específicos. Os resultados da pesquisa mostram que embora sendo considerado um profundo crítico da religião institucionalizada, a produção literária de Kierkegaard (através de seus diversos pseudônimos) possibilita o estudo sistemático do paralelismo entre ambos os setores, seja da literatura como também religião.Palavras chaves: Literatura, Religião, Pseudônomia, Kierkegaard, Análise do Discurso
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Publicado
2012-11-16
Como Citar
Gomes, E. (2012). Literatura pseudônima e a comunicação indireta: o discurso religioso em Kierkegaard. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/432
Edição
Seção
2012 GT 27: Religião e Literatura – Coords. Carolina da Silva Portela, Gerson Carlos Pereira Lindoso