Modernidade e recomposição dos [não] lugares religiosos
Resumo
A modernidade, bem como as novas formas de experienciar a religiosidade neste período, tem contribuido para que o sujeito religioso se organize de forma e em espaços diferentes do tradicionalmente observado no campo religioso. A religião, que outrora fincava-se numa determinação geográfica específica, agora se dinamiza e se realiza em lugares poucos tradicionais, determinados por Marc Augé na análise da antropologia contemporânea como ‘não-lugares’, espaços com grande circulação de pessoas em que a impessoalidade e individualide são características, apesar do encontro e acúmulo massivo de pessoas. No campo religioso brasileiro, esse fenômeno pode ser observado entre evangélicos pentecostais que diariamente, a caminho do trabalho secular, realizam cultos evangélicos pentecostais nos vagões de trem. Tal prática tem mostrado a organização de um grupo que expressa sua religiosidade em um ‘não-lugar-religioso’, independentemente da instituição religiosa da qual faz parte, porém reproduzindo fielmente a ética pentecostal neste espaço público. Neste sentido, esta comunicação tem como objetivo principal analisar a relação entre religião e modernidade através do encontro entre o tradicional (ética pentecostal) e o contemporâneo (culto religioso nos trens urbanos) e as novas reelaborações deste grupo específico para o campo religioso. Metodologicamente realizou-se a pesquisa participante, com aplicação de questionários, realização de entrevistas para a apreensão do fenômeno observado.Downloads
Publicado
2012-11-15
Como Citar
Lemos, F. (2012). Modernidade e recomposição dos [não] lugares religiosos. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/400
Edição
Seção
2012 GT 18: Novas Formações no Campo Religioso Brasileiro – Coord. Silas Guerriero