Padrão inverso - elemento indígena toma forma urbana - o caso da ayahuasca

Autores

  • Carlos Eduardo Pacheco

Resumo

O presente projeto tem como tema principal a "circularidade cultural” que existe em torno da ayahuasca, uma bebida produzida através da mistura de duas plantas amazônicas: a bannisteriopsis caapi, chamado cipó-mariri, e a psychotria viridis, popularmente conhecida como chacrona. A pesquisa pretende compreender a relação de circularidade entre a cultura popular (indígena) e a cultura erudita (ocidental) deste patrimônio imaterial, que parece seguir um caminho contrário ao processo comum seguido pela cultura indígena, levando em conta que a ayahuasca se tornou a raiz de outras culturas urbanas ao invés de ser subjugado por elas, como aconteceu com tantos outros elementos da cultura indígena. Dentre as principais culturas urbanas ayahuasqueiras, temos o Santo Daime, a Barquinha e a União do Vegetal. Percebendo que a bebida vem sendo utilizada desde tempos imemoriais, e ainda é usada nos dias de hoje, a pesquisa tem como principais objetivos: compreender como acontece o desenvolvimento dessas culturas urbanas pautadas no elemento cultural indígena; busca entender como a ayahuasca torna-se patrimônio imaterial; e procura vislumbrar se existe de fato um "caminho inverso" no elemento cultural em questão. A micro-história irá nortear a base teórica e metodológica do trabalho, permitindo a elaboração de um parâmetro sobre a circularidade cultural que é vista em torno do uso da ayahuasca. Esse parâmetro será comparado com o rumo que a cultura indígena tomou como um todo, e as análises serão feitas a fim de entender se, de fato, esse elemento segue um sentido inverso comparado ao restante dos elementos indígenas e por que o faz. A antropologia será usada como ciência auxiliar, principalmente no que tange ao trato com as fontes.

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Publicado

2012-11-15

Como Citar

Pacheco, C. E. (2012). Padrão inverso - elemento indígena toma forma urbana - o caso da ayahuasca. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/394

Edição

Seção

2012 GT 17: Religiosidades, Simbolismo e territorialidades na Amazônia – Coords. Cynthia Martins, Paloma Sá Cornelio