As disputas de poder simbólico no campo religioso cachoeirano 1980-2000

Autores

  • Lizandra Santana

Resumo

No presente trabalho analisamos as representações que foram construídas acerca da religiosidade de matriz africana por ex-adeptos do Candomblé, que ao se converterem às denominações protestantes, em Cachoeira-Ba entre 1980 e 2000 assumiram novos discursos e novas práticas religiosas. Também discutimos os discursos dos candomblecistas no que se refere à perseguição religiosa e os discursos de demonização construídos pelos neopentecostais. Para tanto, as principais fontes da pesquisa foram as orais devido à peculiaridade do objeto e das questões que este trabalho pretende responder, além do Jornal Folha Universal. 
Nota-se que a configuração do campo religioso cachoeirano fez-se propícia para a atuação da Igreja Universal do Reino de Deus, pois esta pôde estabelecer um diálogo, mesmo que contrastante, com as religiões de matrizes africanas ao se apropriar de seus elementos rituais e lhe atribuir um novo significado, através do uso eficaz dos bens simbólicos e dessa forma conseguir adesão de fiéis desse panteão religioso. A pesquisa se baseia no conceito de campo religioso e poder simbólico de Pierre Bourdieu, bem como, nos conceitos de representação, práticas e apropriação de Roger Chartier.

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Publicado

2012-11-14

Como Citar

Santana, L. (2012). As disputas de poder simbólico no campo religioso cachoeirano 1980-2000. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 13. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/360

Edição

Seção

2012 GT 30: Evangélicos no Brasil: cultura e espaço público – Coords. Adroaldo Almeida, Lyndon de Araújo Santos