Os irmãos maçons sob vigilância:

Uma análise dos documentos do SNI produzidos durante o governo Figueiredo (1979-1985)

Autores

  • Fabio Lanza UEL, Londrina/PR
  • José Wilson Assis Neves Júnior UEL, Londrina/PR
  • Laura Nunes de Oliveira UEL, Londrina/PR
  • Livia Campanheli UEL, Londrina/PR
  • Luan Prado Piovani Unicamp

Resumo

O presente resumo foi escrito tendo como base os documentos provenientes dos arquivos inéditos do Serviço Nacional de Informação (SNI), disponibilizados no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Estadual de Londrina. O objetivo deste estudo é apresentar dados inéditos sobre a Maçonaria, e suas tentativas de influenciar as decisões governamentais durante a ditadura militar brasileira, centrando-se na gestão de João Figueiredo, e também sua suposta relação com o governo atual perante a acontecimentos recentes. O SNI, produtor do informe que analisa os maçons, foi criado em 1964 no início do período ditatorial tendo como objetivo supervisionar as atividades de informações envolvendo o Brasil e outros países, centralizando o controle delas na presidência. A Maçonaria não é uma ordem religiosa, mas seus membros precisam acreditar em uma entidade criadora do universo e rejeitam ideologias ateias. O documento analisado foi produzido em setembro de 1981, possuindo 50 laudas e trada da ordem semi-secreta da Maçonaria, no qual apresenta alguns de seus princípios e aponta como suas ações buscavam induzir em decisões políticas durante a época da ditadura militar, apresentando uma carta enviada pelo Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita para presidente da época, intitulada “Declaração de Apoio Apartidário e de colaboração ao Governo Brasileiro” na qual faz críticas e sugestões para a gestão do país, abordando assuntos como economia e educação.

Palavras-chave: Ditadura, Vigilância, Serviço Nacional de Informações, Comunidade de Informação, Maçonaria.

Biografia do Autor

Fabio Lanza, UEL, Londrina/PR

Doutor em Ciências Sociais (PUC-SP). Professor Associado do Departamento de Ciências Sociais e docente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UEL, Londrina/PR. Atualmente realiza Pós-Doutorado junto ao CPDOC-FGV/RJ sob supervisão do Prof. Dr. Américo Freire.

José Wilson Assis Neves Júnior, UEL, Londrina/PR

Doutor em Ciências Sociais (Unesp/Marília). Bolsista CNPq de Pós-Doutorado Júnior pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UEL, Londrina/PR, e Pesquisador Colaborador do Departamento de Ciência Política do IFCH-Unicamp, Campinas/SP.

Laura Nunes de Oliveira, UEL, Londrina/PR

Bacharelanda em Ciências Sociais (UEL). Bolsista CNPq do programa de Iniciação Científica. Integrante do grupo LERR-UEL: Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades.

Livia Campanheli, UEL, Londrina/PR

Bacharelanda em Ciências Sociais (UEL). Bolsista CNPq do programa de Iniciação Científica.  Integrante do grupo LERR-UEL: Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades.

Luan Prado Piovani, Unicamp

Licenciado e Bacharel em Ciências Sociais (UEL). Mestrando e bolsista CNPq do Programa de Pós-Graduação em Sociologia do IFCH-Unicamp, Campinas/SP.

Referências

REDAÇÃO. Eleições 2022. In: O que é a maçonaria e qual sua relação com a política?. [S. l.], 5 out. 2022. Disponível em: <https://www.estadao.com.br/politica/eleicoes-2022-o-que-e-a-maconaria-e-qual-sua-relacao-com-a-politica/> . Acesso em: 14 nov. 2022.

ALMÉRI, Tatiana Martins. Posicionamentos Da Instituição Maçônica No Processo Político Ditatorial Brasileiro (1964): Da visão liberal ao conservadorismo. Orientador: Prof. Doutor Edimilson Antônio Bizelli. 2007. 183 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.

SOUZA JUNIOR, Thiago de. De Lá Pra Cá: apontamentos da formação franco-maçonaria como espaço de sociabilidade e sua influência na construção da Maçonaria no Brasil. http://dx.doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2016.34.1.al.227-244 , p. 227-244, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/25008/20258 . Acesso em: 14 nov. 2022.

ROLLSING, Carlos. Em São Paulo, Michel Temer foi maçom por 14 anos: Apesar da filiação por mais de uma década, currículo do presidente interino do Brasil na entidade não é dos mais extensos. GZH Política, [S. l.], p. 1-2, 15 maio 2016. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2016/05/em-sao-paulo-michel-temer-foi-macom-por-14-anos-5801815.html . Acesso em: 14 nov. 2022.

REFERÊNCIAS DOCUMENTAIS

BRASIL, Serviço Nacional de Informações. Cópia de documentos - Maçonaria, 11 de setembro de 1981. ACT/ACE-1443/81, 50 laudas. Núcleo de Pesquisa e Documentação Histórica da Universidade Estadual de Londrina (NDPH-UEL)

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Publicado

2024-06-05

Como Citar

Lanza, F., Assis Neves Júnior, J. W., Nunes de Oliveira, L., Campanheli, L., & Prado Piovani, L. (2024). Os irmãos maçons sob vigilância: : Uma análise dos documentos do SNI produzidos durante o governo Figueiredo (1979-1985). Anais Dos Simpósios Da ABHR, 18. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/2342

Edição

Seção

2022 | ST 10 – Religiões, Religiosidades e a História do Tempo Presente