A festa de Nossa Senhora do Carmo e o catolicismo romanizado em Parintins, Amazonas
Resumo
A vinda dos padres do PIME (Pontifício Instituto das Missões Exteriores) ao município de Parintins nos anos de 1950 levou à profundas mudanças nas manifestações religiosas populares desta cidade. As festas religiosas realizadas pelos leigos foram paulatinamente controladas pelos padres que retiraram os aspectos considerados inadequados à evangelização. A romanização do catolicismo representado pela festa de Nossa Senhora do Carmo em Parintins, Amazonas, demonstra esse controle eclesiástico que enfatiza os ritos sagrados em detrimento à folia das antigas festas de santo, como o levantamento de mastro, os bailes e outros. As teorias sobre religiosidade e catolicismo popular de João de Deus Gois, Riolando Azzi, Pedro A. de Oliveira Ribeiro, Isidoro Alves, Heraldo Maués e Manuel do Carmo Campos, embasam teoricamente este artigo e iluminam a pesquisa de campo realizada durante a festa deste ano no período de 06 a 16 de julho. Considera-se que catolicismo romanizado retirou dos leigos a autonomia da organização dos festejos aos santos, mas pode-se encontrar na festa da padroeira da Diocese de Parintins alguns elementos que apontam para um passado no qual o catolicismo popular era predominante.Downloads
Publicado
2018-12-27
Como Citar
A festa de Nossa Senhora do Carmo e o catolicismo romanizado em Parintins, Amazonas. (2018). Anais Dos Simpósios Da ABHR, 1. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/1596
Edição
Seção
GT 11. HISTÓRIA DA IGREJA NA AMAZÔNIA: AÇÕES EPISCOPAIS, ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS SOCIAIS