"Filhos de Rosendo, gentes de boa fé": trajetórias e experiências pentecostais no quilombo “Boa Fé”, Rio Andirá, Barreirinha (AM)

Resumo

Esta comunicação versará sobre as relações entre comunidades de orientações religiosas diversas que têm origens étnicas comuns e que juntaram-se em função da produção de uma etnicidade quilombola. Indagamos, dentre outras questões, como que os sujeitos de Boa Fé, uma comunidade pentecostal, inseriram-se e dialogaram com os ideais do movimento quilombola no Rio Andirá, que produziu “modelos” do que deveria ser a “nova cultura quilombola”, nenhum deles dialogando com as questões Pentecostais. Nos últimos quinze anos seis comunidades do Rio Andirá, vem produzindo uma série de processos e formas de conhecimentos para reclassificar-se diante do Estado Nacional, abandonando a classificação de “caboclos-ribeirinhos”, “pretinhos do Matupiri” e constituindo-se enquanto Quilombolas. Em 2013, receberam titulação da Fundação Cultural Palmares como tais, e atualmente aguardam titulação de suas terras tradicionalmente ocupadas desde o século XIX, segundo constam nas memórias locais.  Tais comunidades vêm produzindo experiências de mobilizações que desafiam os procedimentos tradicionais de explicação clássica, acerca dos processos de fé, formação étnica e social de comunidade amazônica, apontando para fluidez e diálogos inter-religiosos que desafiam fronteiras teoricamente existentes, como aquela que indaga: “pode quilombola ser crente”? O Andirá responde que sim.

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Publicado

2018-12-26

Como Citar

"Filhos de Rosendo, gentes de boa fé": trajetórias e experiências pentecostais no quilombo “Boa Fé”, Rio Andirá, Barreirinha (AM). (2018). Anais Dos Simpósios Da ABHR, 1. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/1585

Edição

Seção

GT1. O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICO-RELIGIOSA NA AMAZÔNIA: FRONTEIRA ENTRE RELIGIÕES INDÍGENAS, AFRO-BR