“Marchando para Jeová” – uma reflexão sucinta sobre corporeidade e pentecostalismo

Autores

  • Valdevino de Albuquerque Júnior Universidade Federal de Juiz de Fora

Resumo

O corpo é uma criação divina, prescreve a cosmogonia bíblica. Sobretudo no pentecostalismo, observa-se essa relevância conferida ao corpo, tanto em termos da metafórica linguagem cristã, já que “Cristo é a cabeça do corpo” (e o corpo, a Igreja) quanto no comprometimento ritual do crente, para que santifique seu corpo, “apresentando-o a Deus como sacrifício vivo”. Esse mesmo “corpo-sacrifício” é o sangue que trabalha e sofre, mas também é o ente que dança, salta e canta evidenciando, na religiosidade explícita da performance pentecostal, os nexos que fazem da fé a razão de ser dos “comportamentos consagrados” (Geertz). Gestos cultuais que refletem a herança cultural da “matriz religiosa brasileira”. Nesta proposta, compartilhamos alguns pontos da etnografia realizada no mestrado, entre os anos 2012 e 2013, ocasião em que observamos que as formas expressivas recorrentes em certos pentecostalismos revelam o corpo como fronteira semântica, onde os sentidos são afetados pelo sagrado e a prática ritual é legitimada na sinestesia do grupo.

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Publicado

2015-08-28

Como Citar

Albuquerque Júnior, V. de. (2015). “Marchando para Jeová” – uma reflexão sucinta sobre corporeidade e pentecostalismo. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 14. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/1077