Religiosidade e Compadrio: Relações de Poder no Catolicismo durante o Maranhão Imperial

Autores

  • Lisiane Almeida Ferreira Universidade Federal do Maranhão
  • Neiane Freitas Rocha

Resumo

Pretende-se analisar as relações de poder referentes ao compadrio, presente nas relações familiares do catolicismo maranhense da Freguesia de São João de Cortes, durante o século XIX. A análise pontuará de que forma estas famílias utilizaram o apadrinhamento batismal de santas como, por exemplo, Nossa Senhora da Conceição e Santa Anna como mecanismo de tentativa para a salvação e proteção dos filhos e sendo ainda considerados pais espirituais. A metodologia do trabalho consiste em fontes primárias, ritualista do Arquivo da Diocese, localizado na cidade de Pinheiro, no Estado do Maranhão, além de leituras e revisões bibliográficas referentes aos temas que serão tratados neste artigo, dentre eles: relação de poder no compadrio, religiosidade, devoção e etc. Consideramos, a partir dos aspectos observados na documentação da Freguesia já citada anteriormente, que apesar de confiar seu filho como afilhado a um santo ou uma santa não ser algo raro, é um ato de extremo valor e devoção dos fiéis para com a Igreja. O catolicismo enquanto objeto de estudo se apresenta como fonte riquíssima de possibilidade de pesquisas no que diz respeito ao Império brasileiro, notadamente no espaço maranhense, razão pela qual, a presente pesquisa se situa dentre as necessidades de se trabalhar a religiosidade enquanto mecanismo de poder. Vale ressaltar que o poder exercido pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil Império advinha desde o Brasil Colônia, pois, apesar da mudança de sistema o Estado brasileiro possuía em sua Constituição a religião católica como oficial, demonstrando com isso o grande poder que a religião exerce sobre o Estado.

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Publicado

2015-08-16

Como Citar

Ferreira, L. A., & Rocha, N. F. (2015). Religiosidade e Compadrio: Relações de Poder no Catolicismo durante o Maranhão Imperial. Anais Dos Simpósios Da ABHR, 14. Recuperado de https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/1038